domingo, 22 de agosto de 2010

Valorização e respeito ao magistério paulista, já!

(artigo originalmente publicado no Jornal Impacto - autor: Carlos Orpham)

Neste mês de agosto deu-se o reinício das aulas para os alunos da rede pública de ensino do Estado. A APEOESP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo - quer dar continuidade à campanha salarial e educacional neste segundo semestre. Por isso, a diretoria da entidade elaborou um calendário de lutas para o próximo período, com o mote “Valorização e Respeito ao Magistério Paulista”, como forma de reforçar a denúncia contra as políticas adotadas pelo governo do PSDB/DEM que desrespeitam e ferem os direitos dos professores e prejudicam a qualidade do ensino em São Paulo.

No mês de setembro, a APEOESP realizará uma Caminhada Estadual em Defesa da Escola Pública com a presença de pais, alunos, professores e outras categorias profissionais parceiras, que sentem na pele o descaso do governo tucano com a educação. O palco da manifestação deverá ser a Avenida Paulista, que segundo a presidente da entidade, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, é o lugar ideal para denunciar à sociedade as mazelas da educação pública em São Paulo.

Para quem atua em outros sindicatos de trabalhadores, como eu que sou dirigente bancário, por mais que conheça o problema do assédio moral no local de trabalho, não consegue imaginar que isso possa acontecer entre os profissionais da educação. Porém, um estudo mais apurado e uma boa conversa com os dirigentes da APEOESP nos revelam, infelizmente, uma situação lamentável. Por vezes diretores, supervisores e coordenadores são repetidores da política do governo contra os professores, chegando, alguns, às raias do abominável assédio moral nas escolas e outras formas de opressão. Por isso, assim como o sindicato dos bancários, a APEOESP está editando materiais específicos sobre esses temas.

Ainda faz parte do calendário de lutas dos docentes oficiais paulistas para este segundo semestre a entrega da pauta de reivindicações da categoria aos candidatos a governador. A idéia e arrancar o compromisso de cada um, se eleito, em adotar políticas que valorizem e respeitem o Magistério, garantindo melhoria na qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Todos nós sabemos que as condições de trabalho desses profissionais são muito ruins. Ninguém consegue ensinar, nem aprender, em uma sala com mais de quarenta alunos, com salários rebaixados, tendo que fazer dois ou três turnos de trabalho.

Aumentar o número de professores concursados PEB II também é importante e o tema também está merecendo atenção do sindicato. Todas as previsões da entidade sindical sobre os problemas na realização do curso de formação que se tornou a terceira etapa do concurso, estão ocorrendo. A Lei Complementar 1094 criou 80 mil vagas para concurso, mas apenas 10 mil candidatos foram chamados. É muito importante que, de imediato, sejam convocados os 56 mil candidatos aprovados e que sejam abertas novas vagas, dentro do que prevê a LC 1094.

Como se vê, a luta é grande e difícil. Porém, necessária!

sábado, 14 de agosto de 2010

Creche, licença-maternidade e qualidade de vida

(artigo originalmente publicado no Jornal Impacto - autor: Carlos Orpham)

Dia desses, pela manhã, eu caminhava pela Rua Coronel João Manoel em direção ao meu trabalho no Sindicato dos Bancários, quando fui abordado por uma jovem senhora em companhia de seu filho pequeno, de aproximadamente quatro anos de idade. Ela me perguntou se eu podia ajudá-la a arrumar uma vaga para a criança em uma creche, pois já tinha ido a várias delas e não encontrara lugar para matricular seu filho.

A mulher acreditava que eu ainda era vereador e quando eu lhe disse que não era mais, ela ficou um pouco desapontada. Eu perguntei se ela tinha ido ao Conselho Tutelar, ao que ela me respondeu que sim.

Não sei como terminou essa história, mas confesso que passei o resto dia pensando no drama daquela mãe.

Quando fui candidato a prefeito, em 2008, percorri vários bairros dialogando com as pessoas sobre os problemas da cidade e a falta de vagas nas creches já aparecia com bastante evidência. Lembro-me que conversei com uma mãe que era professora da rede pública, que não estava dando conta de lecionar porque não estava encontrando vaga na creche para seu filho.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que a creche é um direito da criança e não da mãe. Não importa se ela trabalha ou não. Todas as crianças têm o direito à educação infantil e ao Poder Público cabe o papel de proporcionar, com prioridade, esse tipo de serviço de forma universalizada. Mas, infelizmente, ainda temos esse tipo de problema em nossa cidade.

No dia seguinte ao meu casual encontro com a tal mãe, estive reunido com a direção de uma empresa para discutirmos a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho dos seus empregados. Num determinado momento da reunião ponderei que a empresa deveria atender a uma justa reivindicação dos empregados, sobretudo das empregadas, a ampliação da licença-maternidade para seis meses, que, aliás, deverá em breve ser aprovada no Congresso Nacional e se tornar lei.

A resposta que ouvi da representação patronal foi que a reivindicação era um absurdo. “Onde já se viu, a mulher ficar seis meses em casa para cuidar do filho? A criança recém nascida nem sabe se a mãe está ou não em casa, ela fica dormindo o tempo todo”, contra-argumentaram.

Eu, a meu turno, iniciei um discurso de preservação da vida, da necessidade de dedicação e afeto à criança, da importância de se cuidar mais das pessoas do que do lucro e da competitividade adoecedora. Mas, confesso que minha perplexidade foi maior do que meu ânimo em convencê-los do contrário. Logo me calei e passamos para outro ponto da pauta de reivindicações, mesmo porque não havia mais clima para continuarmos dialogando sobre o tema.

Para mudar a sociedade é necessário que mudemos nossos paradigmas, conceitos e pré-conceitos historicamente arraigados. É preciso que nos debrucemos sobre os temas e repensemos nossa forma de viver e conviver. Cuidar melhor de nossas crianças e de nossa qualidade de vida devem ser critérios balizadores dessas mudanças necessárias e urgentes, rumo à sociedade dos nossos sonhos, igualitária e fraterna.

sábado, 7 de agosto de 2010

PT é líder na preferência dos brasileiros

(artigo publicado originalmente no Jornal Impacto - autor: Carlos Orpham)

Conforme sondagens divulgadas na semana passada por três institutos de pesquisa, o Partido dos Trabalhadores é o partido preferido dos brasileiros. De acordo com o Ibope, o partido do presidente Lula conta com a preferência de 29% dos eleitores. O DataFolha indica que 25% da população vota no PT. Segundo o Vox Populi, a legenda tem a simpatia de 18% do eleitorado.
O jornal Folha de São Paulo, que sofreu denúncia recente de fazer campanha para Serra, reconhece que o PT é o "partido mais popular do país desde o ano 2000". Conforme a matéria veiculada, a preferência pela agremiação partidária deverá implicar em aumento da bancada de deputados federais petistas, pois há 20 anos existe grande correlação entre o índice de preferência do PT e o total de votos que o partido obtém para seus candidatos a deputado federal. A matéria aponta que se essa correlação se mantiver na eleição deste ano, o PT poderá eleger mais de cem deputados federais.
PSDB e DEM, os mais importantes partidos de oposição ao Governo Lula, estão bem atrás na preferência do eleitorado. De acordo com números do Ibope, os tucanos contam com 7%, enquanto os demos somam apenas 1%. A mesma tendência é verificada na sondagem do Vox Populi: o PSDB aparece com 4%, enquanto o DEM nem chega a ser mencionado pelos eleitores.
A liderança do PT se verifica nas cinco regiões do País. Segundo o Ibope, seu melhor desempenho é no Nordeste, onde a legenda tem a simpatia de 33% da população. Nas regiões Norte, Centro Oeste e Sudeste, o partido aparece com 29%. No Sul, com 18%. De acordo com o Vox Populi, o partido também prevalece no Nordeste, com 21%. No Centro Oeste e no Sudeste, a legenda soma 18%. No Sul e no Norte, o partido tem 16% e 14%, respectivamente.
Em Bebedouro, como em tantas outras cidades, o Partido está em fase de reorganização, depois de ter administrado a cidade com o ex-prefeito Davi Peres e presidido a Câmara Municipal, primeiro com o professor Valter Cávoli, depois comigo.
Mesmo sem ter em mãos uma pesquisa elaborada com critérios científicos, arrisco afirmar que a preferência pelo PT aqui está na faixa dos 20%, o que daria uma quantidade de eleitores em torno de 10 mil. O nosso desafio é contagiar essa massa para potencializar a campanha desse ano e transformar os candidatos do partido em depositários da confiança e do voto daqueles que se simpatizam com nosso programa partidário.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Orpham envia carta aos amigos da web pedindo voto à Berzoini e Marcolino

Caro(a) amigo(a):

A campanha eleitoral já começou e eu tomo a liberdade de me dirigir a você para pedir o seu voto e apoio a dois grandes amigos e companheiros de luta sindical e política.

São eles Ricardo Berzoini candidato a Deputado Federal 1331 e Luiz Cláudio Marcolino Estadual 13310.

Marcolino é presidente licenciado do Sindicato dos Bancários de SP e candidato a deputado pela primeira vez. Já Ricardo Berzoini está completando seu terceiro mandato e como Deputado Federal, a meu pedido, já beneficiou Bebedouro. Aprovou algumas emendas parlamentares que destinaram recursos para cá, como a reforma da UBS (Unidade Básica de Saúde) Dr. Ricardo Dias de Toledo, no Jardim Sanderson; a construção de outra no Residencial Bebedouro e para a realização do programa de qualificação profissional Pró-jovem do Governo Federal, para mais de 100 pessoas, entre outras.

Tenho pelos dois um grande apreço e tenho a certeza de que eles merecem o seu voto.

Um grande e fraternal abraço.

Carlos Orpham

Dilma presidente - Mercadante governador - Marta e Netinho senadores