terça-feira, 20 de julho de 2010

Orpham apoia Berzoini - federal e Luis Claudio Marcolino - estadual


Foto - Carlos Orpham, Berzoini e Luiz Cláudio Marcolino durante reunião em hotel de São Paulo no sábado, dia 17.



A campanha eleitoral já começou e deverá esquentar a partir do mês de agosto, quando terá início o horário eleitoral gratuíto pela TV. Em Bebedouro, o diretório municipal do PT está organizando a campanha de forma centralizada, em um comitê único, que deverá ser aberto no início da Rua Marechal Deodoro.




O ex-vereador Carlos Orpham, membro da Executiva Municipal do partido, declarou apoio a Ricardo Berzoini para Deputado Federal e Luiz Cláudio Marcolino, Estadual. "Berzoini e Marcolino são meus companheiros de luta, tanto no movimento sindical, quanto no PT; eu tenho muito apreço por eles e vou me empenhar para que tenham uma boa votação em Bebedouro", diz Orpham.



Marcolino é presidente licenciado do Sindicato dos Bancários de SP e candidato a deputado pela primeira vez. Já Ricardo Berzoini está completando seu terceiro mandato e como Deputado Federal já beneficiou Bebedouro. A pedido de Orpham aprovou algumas emendas parlamentares que destinaram recursos para para a cidade, como a reforma da UBS (Unidade Básica de Saúde) Dr, Ricardo Dias de Toledo, no Jardim Sanderson, a construção de outra no Residencial Bebedouro e para a realização do programa de qualificação profissional Pró-jovem, do Governo Federal, para mais de 100 pessoas.


domingo, 18 de julho de 2010

Ninguém suporta mais ir ao banco

(artigo originalmente publicado no Jornal Impacto - autor: Carlos Orpham)

Se perguntarmos às pessoas o que lhes dá mais dor de cabeça hoje em dia, certamente, entre as respostas estará, com grande destaque, ir ao banco. Seja para pagar uma conta, seja para pegar um talão de cheques, seja para sacar dinheiro, enfim, seja para o que for ninguém agüenta mais enfrentar as filas e a falta de funcionários nas agências bancárias. E a todo momento os bancos continuam dando sinais de que as coisas não precisavam ser assim. Os donos do dinheiro podem proporcionar um atendimento melhor à população e contratar mais trabalhadores. Dinheiro para isso tem.

Segundo pesquisa divulgada na semana passada, os quatro principais bancos brasileiros estão entre as sete maiores empresas brasileiras de capital aberto por valor de mercado. Itaú/Unibanco (3º lugar, valendo US$ 88 bilhões), Bradesco (4º lugar, valendo US$ 60 bilhões), Santander (6º lugar, valendo US$ 53 bilhões) e Banco do Brasil (7º lugar, valendo US$ 44 bilhões) se destacam também pelo crescimento do valor de mercado entre 2008 e 2009: entre 53% e 94%.

A pesquisa ainda mostra que os 50 maiores bancos que operam no Brasil fecharam 2009 com um patrimônio líquido de US$ 143 bilhões, atingindo no período um lucro de US$ 24 bilhões. Desse total, quase US$ 20 bilhões ficaram nas mãos dos cinco grandes: Itaú/Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Federal.

Mas, no setor financeiro, como alertamos a tanto tempo, os altos lucros não se convertem em qualidade na prestação de serviços, mais contratações, nem em reconhecimento do trabalho dos bancários. Pelo contrário, as condições de trabalho pioram, as doenças causadas pelo estress se alastram e os clientes reclamam. O Banco do Brasil, por exemplo, é o líder do ranking das reclamações do Banco Central.

As reclamações que chegam ao Bacen vêem principalmente de clientes do extinto Banco Nossa Caixa, descontentes com o mau atendimento recebido no banco incorporador. Pelo quarto mês consecutivo, o Banco do Brasil foi líder no ranking de reclamações dos clientes, na mais recente publicação do BC, em maio deste ano. Os problemas vão desde débitos não autorizados, divergências de valores em saques e depósitos até problemas no atendimento. Ainda, algumas reclamações dizem respeito à perda de limites no cheque especial e até atrasos nas transações envolvendo depósitos judiciais.

Já dissemos aqui nesse espaço que foi muito ruim o Governo do Estado ter se desfeito do seu último banco público, a Nossa Caixa. Menos mal que o Banco do Brasil comprou. Mas, do jeito que está não dá para continuar. As coisas precisam melhorar, e muito!

sábado, 10 de julho de 2010

ECA completa seus 20 anos

(artigo originalmente publicado no Jornal Impacto - autor: Carlos Orpham)

Quando assumi pela primeira vez como vereador, em 2001, tratei logo de apresentar meu primeiro projeto. E não tive dúvidas quanto ao tema, escolhi o assunto criança e adolescente e apresentei o projeto de lei que instituiu em Bebedouro a Campanha Contribuinte Cidadão, que visa incentivar pessoas físicas e jurídicas a contribuírem com o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente com recursos advindos do Imposto de Renda. Tal fundo é gerido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, definido no artigo 88 do ECA, como sendo um órgão com participação popular paritária, formulador de políticas e de caráter deliberativo. Ao CMDCA cabe implantar o Conselho Tutelar, órgão permanente e autônomo, encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.

Durante toda a minha militância política tive um envolvimento com o tema e pude constatar a dificuldade de se mudar alguns paradigmas arraigados em nossa sociedade, inclusive com uma série de preconceitos contra o ECA. Porém, incontestavelmente, a Constituição Federal de 1988 inaugurou um novo tempo para nossas Crianças e Adolescentes, quando definiu que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação e ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Ao comemorarmos os 20 Anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, no dia 13 de julho, devemos considerar o grande avanço que foi romper com o antigo conceito de que as crianças e adolescentes eram meros portadores de necessidades, passando a entendê-los como sujeitos de direitos, como os adultos. Importante considerar também a introdução de garantias processuais no relacionamento do adolescente com o sistema de administração da justiça juvenil, além da superação do assistencialismo. Crianças e adolescentes não estão mais à mercê da boa vontade da família, da sociedade e do Estado. Seus direitos estão garantidos na lei e os responsáveis por violá-los podem ser penalizados.

Na questão do atendimento à criança o ECA proporcionou uma melhora significativa. A Municipalização foi fundamental, pois cada comunidade, de maneira articulada, dentro de suas características, peculiaridades e necessidades, podem dar um atendimento melhor e mais eficaz.

Eu que tive contato durante vários anos com pessoas ligadas aos Conselhos, tanto de Direitos, quanto Tutelar, sei da abnegação de várias delas. Fundamental é a continuidade desse trabalho, que a sociedade civil participe sempre desses fóruns, para continuar mantendo a independência dos conselhos em relação aos governos municipais. A estes cabe a destinação de recursos suficientes para se fazer cumprir a lei. Viva o ECA!

domingo, 4 de julho de 2010

PT de Bebedouro prepara campanhas de Dilma e Mercadante


Reunido na manhã deste domingo, 04, o Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Bebedouro discutiu a preparação da campanha da ex-ministra Dilma Rousseff à presidência da república e a do senador Aloísio Mercadante a Governador de SP, na cidade. Segundo o presidente do DM, ex-vereador Luis Carlos de Freitas, a idéia é fazer uma campanha que unifique todos os petistas da cidade e todas as candidaturas proporcionais (deputados federais e estaduais) que terão grupo de apoio no município. Para isso o grupo está pensando em estruturar um comitê único do partido.



Para Carlos Orpham, ex-presidente da Câmara e candidato a prefeito pelo partido em 2008, o grande desafio dos petistas bebedourenses é construir a vitória de Dilma e Mercadante na 24ª zona eleitoral (Bebedouro). "O companheiro Lula nunca ganhou uma eleição aqui, nem em 2002, nem em 2006, agora com a companheira Dilma, precisamos nos esforçar para conseguir essa vitória e contribuir com o resultado em nível nacional", apela o dirigente.

sábado, 3 de julho de 2010

O que vocês acharam do novo visual do blog?

Eu gostei muito. Meus parabéns à Lucia, que produziu todas as mudanças. Ficou muito bonito!

A copa do mundo, a auto-estima e o Brasil

(artigo originalmente publicado no Jornal Impacto - autor: Carlos Orpham)

Eu ainda não tinha completado sete anos de idade, mas lembro-me como se fosse hoje daquela final da Copa do Mundo de 1970 contra a Itália. Ainda criança, eu morava com meus pais e minhas irmãs numa casa bem no cruzamento das duas vielas da antiga Vila Comerciária, hoje Monte Castelo. A seleção brasileira entrou em campo com Felix no gol; Carlos Alberto, Brito, Piaza e Everaldo na defesa; Clodoaldo, Gerson e Pelé no meio campo e Rivelino, Jairzinho e Tostão no ataque. Ganhamos de 4 a 1. O Brasil se tornou tri e trouxe definitivamente a Jules Rimet para casa.

Estávamos no auge da ditadura militar e eu sequer sabia o que era isso. Depois, quando cresci um pouquinho mais, aprendi que a tal ditadura se utilizou da conquista da copa e do próprio evento para anestesiar o povo brasileiro contra suas perversidades: exílios, torturas e mortes nos porões do DOPS.

Nessa época eu passei a me perguntar: como pode um evento tão bonito e contagiante ser utilizado de uma maneira tão sórdida? E a resposta estava na própria pergunta, exatamente por que era um evento bonito e contagiante, que mexia com a auto-estima do povo é que o regime autoritário o explorava a seu favor. Nós, seres humanos, nos sentimos bem quando temos nossa auto-estima elevada.

Agora, em 2010, em tempos de jabulanes, vuvuzelas e brigas políticas entre Dunga e a Rede Globo, que queria continuar tendo exclusividade nas entrevistas e notícias da seleção, vivemos um clima diferente. A euforia com o evento em si e com a perspectiva do hexa não é tão grande. Apesar de todos, inclusive eu, estarmos torcendo bastante para a seleção canarinho (não sei se passamos pela Holanda, pois escrevi esse texto antes do jogo), a euforia e a sensação de auto-estima elevada vem de outros ares. O nosso Brasil hoje vive um momento privilegiado, com a perspectiva de nos tornarmos a quinta maior economia do mundo na próxima década.

As boas notícias vêm de Brasília. “O Brasil é o país latino-americano que mais crescerá neste ano”, foi o que afirmou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), terça-feira passada (29/06). Segundo a secretária executiva da entidade, Alicia Bárcena, o Brasil terá crescimento acima de 5,5%, talvez até 6%, seguido pelo Uruguai, Peru, Chile e Panamá, que continuam sendo economias bastante fortes. O próprio governo brasileiro prevê crescimento entre 6% e 6,5%.

Em dezembro do ano passado a Cepal estimou que o crescimento médio da economia regional sul-americana chegaria a 4,1% em 2010. Agora a estimativa é de 4,5% e se baseia, especialmente, na alta do preço das matérias primas nos mercados internacionais, que favorece as exportações, sobretudo, dos países da América do Sul.

Outra boa notícia vem do Banco Central, cuja projeção para a taxa média de desemprego neste ano é de 7%. Se confirmada a estimativa, será o menor nível da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2002. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado dia 30/06 pelo BC “a evolução dos indicadores do mercado de trabalho segue compatível com o dinamismo da atividade econômica, registrando-se recuo na taxa de desemprego e melhora qualitativa na geração de postos de trabalho, expressa pela substituição de empregos informais por postos com carteira assinada”.

Em 2014 teremos outro Mundial, desta vez no Brasil. O país tem tudo para fazer uma bela Copa do Mundo, num ambiente sócio-econômico ainda melhor, com mais pessoas incluídas, melhor distribuição de renda e mais felicidade. Depende de nós.