sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

O bem do progresso

(extraído do livro Ações corajosas para se viver em paz, psicografado por Raul Teixeira, ditado pelo espírito Benedita Maria)

Quando podemos enfrentar o calor das nossas regiões terrestres ou a friagem das estações invernosas, com o apoio de condicionadores de ar, ficamos a pensar nos irmãos do caminho evolutivo que transpiram em bagas ou que tiritam sem os recursos do progresso que já acessamos.

Quando conseguimos tratar comidas e bebidas com o auxílio de câmaras frias, que as conservam e preservam, dando-nos ensejo de usá-las durante um largo tempo, temos que pensar naqueles que não as têm e nos que perdem tantos alimentos ou que os utilizam em condições indevidas pela ausência do conforto que ora usufruímos.

Quando nossas comunicações com o mundo podem contar com instrumentos como o telefone e o computador, o fax e a internet, encurtando todas as distâncias e diminuindo todos os prazos, precisamos pensar naqueles a quem esses recursos não passam de sonhos distantes, almejados com ansiedade, isso quando são realmente conhecidos.

O bom do progresso é que ele nos permite melhorar o próprio desempenho perante a vida, e, por outro lado, enseja-nos distender algo de bom e útil na direção de alguém para quem as migalhas ofertadas tornam-se valiosa dádiva recebida com gratidão.

Ao invés de criarmos complicações para a vida, montados em todos os tipos de avanços que nos beneficiam no novo milênio, deveríamos aprender a usar melhor tudo isso e tornar-nos pessoas melhores, mais atenciosas com o semelhante, mais cuidadosas com o nosso amanhã.

O progresso só é bom para nós quando nos torna bons para com os outros.

Não se torne máquina

Nada obstante o seu costume de lidar com o bom e o melhor, que o mundo material lhe permite experimentar, não se faça uma pessoa excessivamente racional e fria nem se deixe mecanizar em seus sentimentos.

Embora as facilidades que lhe enriquecem os dias no planeta, trazendo para o seu derredor muitos interesseiros e bajuladores, não se permita transformar num saco de desconfianças nem emudecer nas emoções.

Não se esqueça jamais de que todas as coisas de que dispõe hoje em dia estão fadadas a ficar na Terra quando você tiver que retornar às regiões das realidades espirituais, convocado pela desencarnação, que não se sabe quando se dará.

Os únicos valores que levará consigo serão, em realidade, aqueles que tenha desenvolvido, vivenciado e distribuído com os recursos dos seus sentimentos e emoções, onde se situam as bases da sua sinceridade, porque as únicas posses que nos pertencem são aquelas que ofertamos aos outros.
Não permita que seus gestos e palavras sejam maquinais, padronizados, frios, como se você tivesse que se livrar das outras pessoas plastificando chavões verbais ou comportamentais. Deixe-se sorrir com verdadeira alegria; abrace com satisfação; aperte a mão de alguém com sinceridade e sem asco; diga palavras leves e agradáveis e silencie aquelas que costumam magoar, afastar ou ferir os outros.
Deixe que Deus inspire cada um dos movimentos da sua alma, a fim de que transmita a quem viva com você a água fresca da fonte cristalina do seu coração de amigo ou de irmão.

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