É no dia a dia que demonstramos nosso compromisso com o meio ambiente. Dia desses, tomávamos sorvete, eu, minha esposa, meu filho e minha filha, numa sorveteria que fica em frente a uma praça de nossa cidade, em cuja calçada são colocadas mesas, para que as pessoas se acomodem melhor enquanto saboreiam aquelas delícias refrescantes. Fazia calor e ameaçava chover. As pessoas começaram a se retirar. Levantamo-nos também para sair, quando percebemos que sobre as mesas, mas principalmente no chão e em cima dos bancos da praça, haviam sido abandonados vários copos e garrafas de plástico. Não tive dúvidas, convoquei a família toda para recolher aquele material e jogar na lixeira, não sem antes alertar os funcionários do estabelecimento, já que o proprietário não estava, para que providenciassem uma outra lixeira do outro lado da rua, na calçada da praça.
Quando vereador, convoquei uma Audiência Pública em abril de 2007 para discutir o aquecimento global e alternativas locais de desenvolvimento sustentável. Produzi um material e dei palestras em várias escolas da cidade e até numa da vizinha cidade de Monte Azul Paulista. Comecei a observar mais sobre nosso comportamento em relação ao meio ambiente e pude perceber a dificuldade de mudança cultural.
Importante, nesse caso, são, o exemplo e as políticas públicas. Bebedouro ainda é a única cidade da Macro Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo/Grande que não tem 100% de esgoto tratado. Durante a campanha eleitoral do ano passado debati muito esse tema por entender que além de qualidade de vida, o saneamento ambiental significa também desenvolvimento econômico.
Naquele mesmo período eu conversei com um empresário que propunha a abertura de uma fábrica de tintas na cidade, porém não obteve autorização da CETESB, por que 70% do nossos dejetos ainda são despejados in natura no Córrego Bebedouro. É claro que uma fábrica desse tipo produz resíduos tóxicos e requer cuidados especiais. A CETESB, portanto, agiu corretamente, porém se a cidade tivesse condições adequadas, esse tipo de empresa poderia, com todos os cuidados, se instalar aqui.Uma coisa está ligada à outra, saneamento, qualidade de vida e desenvolvimento econômico. Portanto, é urgente uma mudança cultural de todos, sociedade e poder público.
Muito bom o artigo, Orpham! Parabéns!
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