(Artigo publicado originalmente no Jornal Impacto. Autor: Carlos Orpham)
O governador José Serra conseguiu! Vendeu o Banco Nossa Caixa!
No dia 10 de março, o Banco do Brasil tomou posse do último banco estatal paulista, que deixará de existir dentro de um ano.
A crise financeira mundial fez desmoronar a tese neoliberal privatista do “estado mínimo”, da desregulamentação, que coloca o mercado como um deus capaz de resolver todos os problemas da humanidade. Matéria da revista inglesa The Economist publicada na primeira semana de março reconhece o equívoco de um dos principais pilares do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB): a venda indiscriminada de empresas e bancos estatais. No texto, a publicação afirma que até há pouco tempo no Brasil, acreditava-se que um dos fatores prejudiciais à economia brasileira seria a influência estatal no setor financeiro. Segundo a revista, entretanto, esse controle estatal é o que dá hoje ao país uma situação favorável perante os demais países e, diante da crise mundial, confere uma "situação favorável incomum ao Brasil".
A matéria se refere à manutenção da gestão estatal, por parte do governo Lula, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do BNDES, instituições financeiras líderes de empréstimos para empresas e que FHC tentou, sem sucesso, privatizar.
O Brasil está enfrentando essa crise de cabeça erguida, dentre outros fatores, porque o Governo Lula inverteu a lógica do seu antecessor, fortalecendo as estatais, ao invés de privatizá-las.
Existem analistas mais otimistas que dizem que o Brasil deve sair da crise melhor do que entrou, em virtude dos novos rumos que foram dados à economia e à política de comércio exterior. Tomara!
Recentes medidas governamentais adotadas em países da Europa e nos EUA, que tornam mais forte a presença do Estado nas economias nacionais, deixam clara a percepção daqueles governantes da derrocada da tese da economia de mercado. Recentemente, o presidente americano, Barack Obama, aumentou a participação estatal no Citygroup de 8% para 36%. Se isso se mantém ou não é outra história, mas a necessidade de mais estado e menos mercado parece não gerar dúvidas nas melhores cabeças pensantes do mundo, hoje.
É nesse contexto, e navegando contra a maré, que o Governador José Serra e seu PSDB vendem a Nossa Caixa, um banco que deu um lucro de R$ 650 milhões no ano passado, apesar do assalto que sofreu do próprio Governo do Estado, que retirou da instituição mais de R$ 2 bilhões em troca da folha de pagamento do funcionalismo paulista.
O Estado de São Paulo tem um Produto Interno Bruto quase igual ao da Argentina, que é o segundo maior da América do Sul (o 1° é o Brasil). Portanto, além de possível, seria muito importante que SP mantivesse seu último instrumento privilegiado de política de desenvolvimento econômico e social, o Banco Nossa Caixa, já que se desfez do Banespa há oito anos atrás.
Dos males o menor! O Banco do Brasil, que é do Governo Federal, comprou a Nossa Caixa, seguindo a lógica de fortalecer as empresas estatais federais. Com isso, obviamente, o Brasil deve ganhar. Porém, o estado de São Paulo, o povo paulista e os funcionários perdem.
Ainda bem que o governo central pensa diferente do de São Paulo! Até quando?
O governador José Serra conseguiu! Vendeu o Banco Nossa Caixa!
No dia 10 de março, o Banco do Brasil tomou posse do último banco estatal paulista, que deixará de existir dentro de um ano.
A crise financeira mundial fez desmoronar a tese neoliberal privatista do “estado mínimo”, da desregulamentação, que coloca o mercado como um deus capaz de resolver todos os problemas da humanidade. Matéria da revista inglesa The Economist publicada na primeira semana de março reconhece o equívoco de um dos principais pilares do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB): a venda indiscriminada de empresas e bancos estatais. No texto, a publicação afirma que até há pouco tempo no Brasil, acreditava-se que um dos fatores prejudiciais à economia brasileira seria a influência estatal no setor financeiro. Segundo a revista, entretanto, esse controle estatal é o que dá hoje ao país uma situação favorável perante os demais países e, diante da crise mundial, confere uma "situação favorável incomum ao Brasil".
A matéria se refere à manutenção da gestão estatal, por parte do governo Lula, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do BNDES, instituições financeiras líderes de empréstimos para empresas e que FHC tentou, sem sucesso, privatizar.
O Brasil está enfrentando essa crise de cabeça erguida, dentre outros fatores, porque o Governo Lula inverteu a lógica do seu antecessor, fortalecendo as estatais, ao invés de privatizá-las.
Existem analistas mais otimistas que dizem que o Brasil deve sair da crise melhor do que entrou, em virtude dos novos rumos que foram dados à economia e à política de comércio exterior. Tomara!
Recentes medidas governamentais adotadas em países da Europa e nos EUA, que tornam mais forte a presença do Estado nas economias nacionais, deixam clara a percepção daqueles governantes da derrocada da tese da economia de mercado. Recentemente, o presidente americano, Barack Obama, aumentou a participação estatal no Citygroup de 8% para 36%. Se isso se mantém ou não é outra história, mas a necessidade de mais estado e menos mercado parece não gerar dúvidas nas melhores cabeças pensantes do mundo, hoje.
É nesse contexto, e navegando contra a maré, que o Governador José Serra e seu PSDB vendem a Nossa Caixa, um banco que deu um lucro de R$ 650 milhões no ano passado, apesar do assalto que sofreu do próprio Governo do Estado, que retirou da instituição mais de R$ 2 bilhões em troca da folha de pagamento do funcionalismo paulista.
O Estado de São Paulo tem um Produto Interno Bruto quase igual ao da Argentina, que é o segundo maior da América do Sul (o 1° é o Brasil). Portanto, além de possível, seria muito importante que SP mantivesse seu último instrumento privilegiado de política de desenvolvimento econômico e social, o Banco Nossa Caixa, já que se desfez do Banespa há oito anos atrás.
Dos males o menor! O Banco do Brasil, que é do Governo Federal, comprou a Nossa Caixa, seguindo a lógica de fortalecer as empresas estatais federais. Com isso, obviamente, o Brasil deve ganhar. Porém, o estado de São Paulo, o povo paulista e os funcionários perdem.
Ainda bem que o governo central pensa diferente do de São Paulo! Até quando?
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