(Artigo originalmente publicado no Jornal Impacto - autor: Carlos Orpham)
O mundo aguarda com certa ansiedade os resultados da 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que termina no dia 18 de dezembro em Copenhague, na Dinamarca. No encontro, 192 países tentarão chegar a um consenso sobre o novo acordo climático para complementar o Protocolo de Quioto após 2012.
Alternativas criativas e inteligentes não faltam para melhorar a vida em sociedade e mitigar o aquecimento do planeta. E essas propostas estarão em discussão na Dinamarca. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a criação de uma taxa para onerar as emissões de gases de efeito estufa pode aumentar o nível de empregos no mundo, conforme relatório divulgado pela entidade em 7 de dezembro.
Os cálculos da OIT consideram o repasse da arrecadação com a taxação do carbono para criação de subsídios que diminuam a carga trabalhista das empresas e, assim, estimular a abertura de novos postos de trabalho.
Até 2014, a medida poderia aumentar em 0,5% o nível de emprego, com mais de 14,3 milhões de novas vagas. De acordo com a OIT, a expansão depende da aplicação de políticas “verdes” combinadas com práticas de trabalho decente. É claro que esses empregos não seriam gerados automaticamente. Seria necessária a implantação de programas que promovessem a transição nos mercados de trabalho e as competências profissionais necessárias para que esses novos empregos se tornassem realidade.
Atualmente, segundo a própria OIT, cerca de 40% dos empregos do mundo estão em setores de altas emissões de carbono. É claro que o foco não deve ser taxar e sim combater de forma eficaz a emissão de carbono, porém, enquanto isso não acontece a taxação geradora de empregos pode ajudar.
Como sempre acontece, deve ocorrer uma enorme chiadeira dos grandes grupos empresariais e seus fieis defensores da grande mídia, mas o mundo parece mesmo estar mudando. Tudo indica que teremos bons resultados do encontro de Copenhague.
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