Preocupadas com a poluição do ar, 35 cidades francesas iniciaram em 1988 um movimento para a redução dos automóveis nas ruas. Para tal, estabeleceram que todo 22 de setembro passaria a ser o Dia Mundial Sem Carro. Neste ano, a data cai numa terça-feira e a intenção é dar prioridade a transportes alternativos para se locomover.
Em São Paulo, de acordo com a agência Envolverde, o objetivo do Dia Sem Carro é debater o uso de meios de transportes alternativos e menos poluentes, em eventos que acontecerão em toda a cidade. Segundo Oded Grajew, um dos idealizadores do Movimento Nossa São Paulo, a programação será extensa e pretende atingir um grande número de pessoas. A entidade organiza a manifestação junto com outras 20 ONGs como o Instituto Akatu, Campanha Tic Tac, Coletivo Ecologia Urbana, SOS Mata Atlântica, Respira São Paulo, Sesc e Transporte Ativo.
Diferentemente de outras cidades, a organização paulistana do evento não pedirá à população que deixe o carro em casa. “Ainda é cedo para pensarmos em uma atitude assim; o que queremos é mostrar à população que é possível ir a vários lugares sem necessidade de um transporte individual”, ressaltou Grajew.
Pesquisa – O foco dos organizadores baseia-se em uma pesquisa divulgada na sexta 18 pelo próprio Movimento Nossa São Paulo. Segundo os dados, o paulistano tem interesse em deixar o veículo em casa e passar a usar o transporte público, apesar de ter adquirido mais carros em 2009.
De um total de 805 entrevistados, 78% afirmam que deixariam o carro em casa para utilizar o transporte público, caso houvesse uma boa alternativa. O levantamento concluiu também que metade dos ouvidos disse ter um ou mais veículos em casa, número 13% maior do que o do ano passado. Desse total, 29% usam os veículos diariamente. Cerca de dois terços dos entrevistados preferem que os investimentos públicos nos próximos anos sejam direcionados para o transporte coletivo.
Para Carlos Orpham, que recentemente publicou um artigo sob o título "Cidade sustentável presupõe transporte coletivo de qualidade", as pessoas começam a perceber que as cidades não suportam mais tantos carros e que o transporte coletivo de qualidade é fundamental. "Não é só para quem não tem carro que temos que pensar o transporte coletivo, ele deve ser para todos, mas para isso é necessário grandes investimentos, tanto públicos, quanto privados", explica.
Eu estou deixando o meu carro em casa desde qdo estou desempregado e ainda me vem o prefeito e seus cupunhas dizer que a cituação de desemprego em BEBEDOURO mudou, se mudou cade o meu emprego...
ResponderExcluirRicardo, sinto muito pelo seu desemprego. Mas eu deixei o carro em casa no dia 22. Desci à pé para trabalhar. De minha casa, no Eldorado, até o centro da cidade é uma boa caminhada. Deve dar uns 4 km. Mas, valeu a pena.
ResponderExcluirEu já fiz isso outras vezes e dá para perceber que é possível, dependendo da distância e da disponibilidade de tempo, se locomover a pé por nossa cidade e, assim, contribuir com uma cidade melhor, com menos emissão de gás de efeito estufa.
Grande abraço, Ricardo.
Orpham