(artigo originalmente publicado no Jornal Impacto - autor: Carlos Orpham)
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (Unesco), analfabeto funcional é a pessoa incapaz de interpretar o que lê e de usar a leitura e a escrita em atividades cotidianas, dificultando seu desenvolvimento pessoal e profissional. Apesar de saber escrever seu próprio nome, assim como ler e escrever frases simples e efetuar cálculos básicos, o analfabeto funcional não consegue extrair o sentido das palavras, colocar idéias no papel por meio da escrita, nem fazer operações matemáticas mais elaboradas.
Pois bem! Dia desses li uma matéria na Revista do Brasil que me deixou estarrecido. Nela o professor universitário Anselmo Büttner, com quase 40 anos de profissão e autor de livros na área de administração e marketing, traça um cenário extremamente preocupante. O professor constata consternado que os estudantes não sabem escrever. Segundo ele é simples ver isto, pois quando pede aos alunos para fazerem uma dissertação, o que vem escrito é lamentável.
Outro professor universitário, há nove anos nas salas de aula de ensino superior e executivo de uma empresa de gestão de recursos humanos, vai mais longe. O docente pede para não ser identificado naquela reportagem, mas calcula que 30% dos alunos de suas turmas na universidade podem ser classificados como analfabetos funcionais. O professor reclama que para eles (alunos) não existe mais acentuação, nem pontuação. Cerca de 30% dos alunos até lê, mas não compreende. “Eles não sabem estruturar idéias, nem se expressar", afirma o professor na matéria da revista.
A avaliação lógica da matéria é que, com esse quadro, há poucas possibilidades de se formar profissionais qualificados. Sem a capacidade de compreender e se expressar, o profissional vira só um “papagaio". Com o sistema de progressão continuada e a necessidade do governo do estado de ter estatísticas positivas sobre alunos formados, os jovens chegam à universidade com enorme deficiência de alfabetização. O problema é que a metodologia da progressão automática foi adotada sem a contrapartida em capacitação de professores e infraestrutura.
No caso do professor Büttner, a saída foi criar metodologias específicas. "Eu levo figuras e desenho no quadro o que é almoxarifado, por exemplo, para eles compreenderem", relata. "Eles não conseguem juntar as informações, não conseguem montar uma sequência, não têm base de gramática e ortografia, mas não é só. Há limitações também na capacidade de raciocínio lógico e matemático", alerta.
A que ponto nós chegamos! Uma escola que finge que ensina e um aluno que nem finge mais que aprende. É evidente o fracasso desse modelo, que já deveria ter sido revisto.
Pois bem! Dia desses li uma matéria na Revista do Brasil que me deixou estarrecido. Nela o professor universitário Anselmo Büttner, com quase 40 anos de profissão e autor de livros na área de administração e marketing, traça um cenário extremamente preocupante. O professor constata consternado que os estudantes não sabem escrever. Segundo ele é simples ver isto, pois quando pede aos alunos para fazerem uma dissertação, o que vem escrito é lamentável.
Outro professor universitário, há nove anos nas salas de aula de ensino superior e executivo de uma empresa de gestão de recursos humanos, vai mais longe. O docente pede para não ser identificado naquela reportagem, mas calcula que 30% dos alunos de suas turmas na universidade podem ser classificados como analfabetos funcionais. O professor reclama que para eles (alunos) não existe mais acentuação, nem pontuação. Cerca de 30% dos alunos até lê, mas não compreende. “Eles não sabem estruturar idéias, nem se expressar", afirma o professor na matéria da revista.
A avaliação lógica da matéria é que, com esse quadro, há poucas possibilidades de se formar profissionais qualificados. Sem a capacidade de compreender e se expressar, o profissional vira só um “papagaio". Com o sistema de progressão continuada e a necessidade do governo do estado de ter estatísticas positivas sobre alunos formados, os jovens chegam à universidade com enorme deficiência de alfabetização. O problema é que a metodologia da progressão automática foi adotada sem a contrapartida em capacitação de professores e infraestrutura.
No caso do professor Büttner, a saída foi criar metodologias específicas. "Eu levo figuras e desenho no quadro o que é almoxarifado, por exemplo, para eles compreenderem", relata. "Eles não conseguem juntar as informações, não conseguem montar uma sequência, não têm base de gramática e ortografia, mas não é só. Há limitações também na capacidade de raciocínio lógico e matemático", alerta.
A que ponto nós chegamos! Uma escola que finge que ensina e um aluno que nem finge mais que aprende. É evidente o fracasso desse modelo, que já deveria ter sido revisto.
Parabenizamos o artigo e também continuamos buscando a minimização do fenômeno multifacetado do ANALFABETISMO FUNCIONAL (www.interpaci.com.br) esperamos breve podermos alcançar as esferas onde a esperança de uma vida melhor e a dignidade de vida possam estar sendo privilegiada. Nosso trabalho é uma profunda e extrema missão com o crescimento do país e respeito ao ser humano.
ResponderExcluirMurilo Alvarenga:.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirExcelente artigo. Parabéns! A Progressão Continuada surgiu como uma proposta interessante, com objetivos nobres, porém, como acontece com os analfabetos funcionais, a mesma também foi mal interpretada e, infelizmente, originou esse quadro terrível que foi tão bem retratado no seu artigo.
ResponderExcluirComo profissional da Educação, acredito em uma mudança rápida e necessária. Não dá mais para usar esse modelo caótico que há tempos estamos vivenciando. Renovar é preciso. As eleições estão aí e é de fundamental importância: analisar as propostas de governo de cada candidato e ver o que cada um pretende fazer para mudar a Educação no nosso Estado. Em um primeiro momento, liquidar a "aprovação automática" e, na sequência, moralizar o ensino, valorizar os profissionais da Educação, transformar o ensino público em uma referência de qalidade etc.