(Artigo originalmente publicado no Jornal Impacto - autor: Carlos Orpham)
Essa eleição parece que vai marcar definitivamente a conquista da autonomia política do povo brasileiro. Que bom! Alguém disse há pouco tempo atrás que nós estávamos nos livrando dos tais “formadores de opinião” e entrando numa fase em que o povo não precisaria mais de intérpretes, pois já sabia fazer sua própria leitura da realidade.
Em 1989 o que impediu a vitória de Lula foi o tal seqüestro do então presidente do Grupo Pão de Açúcar. Um jornal de circulação no norte do país foi mais audacioso do que os daqui do sul/sudeste e estampou a seguinte manchete: “PT seqüestra Abílio Diniz”. Alguns dias depois os seqüestradores foram capturados e transportados em um ônibus em cujos vidros foram colados adesivos do PT e da campanha de Lula. Em um dos criminosos foi colocada uma camiseta também do PT. E é claro, a TV “formadora de opinião” mostrou tudo, tim-tim por tim-tim.
Depois vieram as histórias dos tais dossiês, suas “compras” com dinheiro vivo mostrado as mancheias pelas TVs e Jornais, todos “formadores de opinião”. Agora os factóides produzidos têm um nome mais pomposo, “quebra de sigilo fiscal”, já que os dos dossiês já estão desbotados.
A eficácia dessa política rasteira parece, de fato, ter chegado ao fim. Quando eu começava a escrever esse texto, no feriado, dia 7, dava na internet, que aumentou ainda mais a diferença entre Dilma Roussef, que foi para 56 pontos, e José Serra, que foi para 21, no sétimo dia do tracking do Vox Populi/Band/iG. Isso acontece no auge da campanha contra Dilma, o Governo Lula e o PT, desencadeada pelo PSDB e Serra com base no noticiário da mídia “formadora de opinião” sobre a violação de sigilo fiscal de tucanos. Pela primeira vez a candidata do PT cresceu acima da margem de erro, que é de 2,2%. Também Serra caiu acima da margem de erro.
Ela abriu uma diferença de 33 pontos, a maior já registrada pelas pesquisas no primeiro turno de uma campanha eleitoral desde que o Brasil voltou a votar para presidente da República, em 1989.
Aconteceu o contrário do esperado pelos colunistas da mídia que recentemente se auto impôs a sublime missão de fazer oposição ao Governo Lula (só a esse) já que, segundo ela própria, a oposição partidária é muito fraca. A enxurrada de denúncias feitas todos os dias contra petistas pela quebra do sigilo fiscal da filha do candidato tucano, e outras pessoas próximas a ele, não só não abalou os índices de Dilma até agora como está fazendo Serra cair para seu nível mais baixo, aproximando-se dos 20%.
Faltando pouco mais de 20 dias para a eleição, claro que estes números ainda podem mudar e levar a disputa para o segundo turno. Porém, até o momento nada indica que isto vá acontecer, a não ser que se produza um factóide novo. O ideal, no entanto, seria que todos percebessem que política não é, e não pode ser, um jogo de vale tudo. Que se perca ou se ganhe pelas propostas e projetos políticos, deixando as “baixarias” para suas vidas privadas quem por elas tiver afeição.
Essa eleição parece que vai marcar definitivamente a conquista da autonomia política do povo brasileiro. Que bom! Alguém disse há pouco tempo atrás que nós estávamos nos livrando dos tais “formadores de opinião” e entrando numa fase em que o povo não precisaria mais de intérpretes, pois já sabia fazer sua própria leitura da realidade.
Em 1989 o que impediu a vitória de Lula foi o tal seqüestro do então presidente do Grupo Pão de Açúcar. Um jornal de circulação no norte do país foi mais audacioso do que os daqui do sul/sudeste e estampou a seguinte manchete: “PT seqüestra Abílio Diniz”. Alguns dias depois os seqüestradores foram capturados e transportados em um ônibus em cujos vidros foram colados adesivos do PT e da campanha de Lula. Em um dos criminosos foi colocada uma camiseta também do PT. E é claro, a TV “formadora de opinião” mostrou tudo, tim-tim por tim-tim.
Depois vieram as histórias dos tais dossiês, suas “compras” com dinheiro vivo mostrado as mancheias pelas TVs e Jornais, todos “formadores de opinião”. Agora os factóides produzidos têm um nome mais pomposo, “quebra de sigilo fiscal”, já que os dos dossiês já estão desbotados.
A eficácia dessa política rasteira parece, de fato, ter chegado ao fim. Quando eu começava a escrever esse texto, no feriado, dia 7, dava na internet, que aumentou ainda mais a diferença entre Dilma Roussef, que foi para 56 pontos, e José Serra, que foi para 21, no sétimo dia do tracking do Vox Populi/Band/iG. Isso acontece no auge da campanha contra Dilma, o Governo Lula e o PT, desencadeada pelo PSDB e Serra com base no noticiário da mídia “formadora de opinião” sobre a violação de sigilo fiscal de tucanos. Pela primeira vez a candidata do PT cresceu acima da margem de erro, que é de 2,2%. Também Serra caiu acima da margem de erro.
Ela abriu uma diferença de 33 pontos, a maior já registrada pelas pesquisas no primeiro turno de uma campanha eleitoral desde que o Brasil voltou a votar para presidente da República, em 1989.
Aconteceu o contrário do esperado pelos colunistas da mídia que recentemente se auto impôs a sublime missão de fazer oposição ao Governo Lula (só a esse) já que, segundo ela própria, a oposição partidária é muito fraca. A enxurrada de denúncias feitas todos os dias contra petistas pela quebra do sigilo fiscal da filha do candidato tucano, e outras pessoas próximas a ele, não só não abalou os índices de Dilma até agora como está fazendo Serra cair para seu nível mais baixo, aproximando-se dos 20%.
Faltando pouco mais de 20 dias para a eleição, claro que estes números ainda podem mudar e levar a disputa para o segundo turno. Porém, até o momento nada indica que isto vá acontecer, a não ser que se produza um factóide novo. O ideal, no entanto, seria que todos percebessem que política não é, e não pode ser, um jogo de vale tudo. Que se perca ou se ganhe pelas propostas e projetos políticos, deixando as “baixarias” para suas vidas privadas quem por elas tiver afeição.
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