(artigo originalmente publicado no Jornal Impacto - autor: Carlos Orpham)
A grande mídia brasileira é uma vergonha. Como bem diz Mino Carta, não há nenhum problema em uma revista ou um jornal se posicionar politicamente a favor deste ou daquele candidato, deste ou daquele partido político. O que é preciso é que o veículo informativo deixe bem clara ao leitor a sua preferência. Ou seja, ela não pode ser fingindo que não é. Trata-se de uma questão ética.
Na semana passada, o jornalista Mauro Carrara, denunciou no blog Escrivinhador uma articulação da mídia contra o PT, o presidente Lula e a ministra Dilma. Apelidada de “Tempestade no Cerrado” a operação seria um bombardeio midiático sobre o governo Lula.
Segundo o jornalista, a ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Rousseff e contra o Partido dos Trabalhadores. “A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações”, relata Carrara no blog e ainda cita a seguinte cartilha de ataque: 1) Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet; 2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata. 3) Ressuscitar o caso “Mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã; 4) Elevar o tom de voz nos editoriais; 5) Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “censura”; 6) Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto; 7) Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias; 8) Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.
Carrara fala ainda dos crimes anônimos na Internet e destaca três: 1) O “Bolsa Bandido”. Refere-se a uma lei aprovada na Constituição de 1988 e regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício; 2) Dilma “terrorista”. Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: “Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas”; 3) O filho encrenqueiro. De acordo com a narração, um dos filhos de Lula teria xingado e agredido indefesas famílias de classe média numa apresentação do Cirque du Soleil.
Se procedente a denúncia, não seria a primeira vez que a mídia partidarizada agiria assim. Já vimos esse filme em outras eleições. O que assusta é que em vez de diminuir, isso aumenta e fica mais requintado.
A grande mídia brasileira é uma vergonha. Como bem diz Mino Carta, não há nenhum problema em uma revista ou um jornal se posicionar politicamente a favor deste ou daquele candidato, deste ou daquele partido político. O que é preciso é que o veículo informativo deixe bem clara ao leitor a sua preferência. Ou seja, ela não pode ser fingindo que não é. Trata-se de uma questão ética.
Na semana passada, o jornalista Mauro Carrara, denunciou no blog Escrivinhador uma articulação da mídia contra o PT, o presidente Lula e a ministra Dilma. Apelidada de “Tempestade no Cerrado” a operação seria um bombardeio midiático sobre o governo Lula.
Segundo o jornalista, a ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Rousseff e contra o Partido dos Trabalhadores. “A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações”, relata Carrara no blog e ainda cita a seguinte cartilha de ataque: 1) Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet; 2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata. 3) Ressuscitar o caso “Mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã; 4) Elevar o tom de voz nos editoriais; 5) Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “censura”; 6) Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto; 7) Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias; 8) Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.
Carrara fala ainda dos crimes anônimos na Internet e destaca três: 1) O “Bolsa Bandido”. Refere-se a uma lei aprovada na Constituição de 1988 e regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício; 2) Dilma “terrorista”. Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: “Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas”; 3) O filho encrenqueiro. De acordo com a narração, um dos filhos de Lula teria xingado e agredido indefesas famílias de classe média numa apresentação do Cirque du Soleil.
Se procedente a denúncia, não seria a primeira vez que a mídia partidarizada agiria assim. Já vimos esse filme em outras eleições. O que assusta é que em vez de diminuir, isso aumenta e fica mais requintado.
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