(artigo originalmente publicado no Jornal Impacto - autor: Carlos Orpham)
Dia desses precisei de um serviço prestado somente pela rede pública municipal. Não direi qual para evitar polêmicas. Fomos, então, eu e minha esposa para a repartição do órgão prestador do serviço e apresentamos a nossa demanda. A atendente da recepção nos atendeu bem. O único senão foi o fato de ela não dizer o que eu deveria fazer com a ficha que me daria em seguida. “Por favor, vocês podem entrar aqui nesse corredor, sentarem-se, que logo a pessoa encarregada virá atendê-los”, disse-nos. Foi o que fizemos, entramos e sentamos, com a ficha na mão.
Não havia mais ninguém esperando, exceto um casal que já estava sendo atendido, quando a pessoa encarregada de nos atender passou por mim, nem me perguntou o que desejava, nem que ficha era aquela que estava em minha mão e sequer disse bom dia. Simplesmente passou por nós, e como o corredor era estreito, passou bem pertinho, e sequer nos cumprimentou, nem com um aceno de cabeça. Foi, voltou e sentou.
E nós lá, esperando. Como o casal já tinha saído e os únicos a esperar éramos eu e minha esposa, já comecei a ficar um pouco impaciente, porém, continuamos esperando. Eu já tinha achado o comportamento da encarregada pouco polido, porém o prior estava por vir. Um rapaz, sem uniforme e nenhuma identificação, de cara amarrada, levou sua mão em direção à minha para pegar a tal ficha que estava comigo, sem sequer pedir licença, dizendo: “Se você ficar com essa ficha na mão ninguém vai te atender...”
Dizem que mau humor e falta de educação são contagiosos. Infelizmente, me contaminei rapidamente e minha educação também foi para as “cucuias”. Além de não deixar que o rapaz retirasse o papel de minhas mãos daquela maneira tão abrupta, levantei-me, fui até a porta e perguntei para a encarregada o que é que eu deveria fazer com a ficha para ser atendido. Ela me respondeu alguma coisa que eu nem me lembro, sem levantar-se da cadeira. Fui em direção a mesa que estava ao seu lado, estiquei o braço e deixei cair sobre o móvel a bendita ficha. Ainda nem tinha completado a volta para retornar ao corredor onde aguardávamos, quando uma outra funcionária mandou: “O que é isso moço, porque é que você jogou a ficha ma mesa? Eu estou aqui trabalhando desde cedo e não admito isso”!
A conclusão foi inevitável: ela não admite um comportamento menos apurado por parte do usuário, porém não se dá ao cuidado de verificar como seus colegas andam atendendo os munícipes, “com casca e tudo”.
Me preocupo muito com essas coisas porque sou um defensor da participação direta do Estado em setores estratégicos, como saúde, educação, em certa medida no setor financeiro, nas telecomunicações e no setor energético. Sou contra as privatizações e todos que me conhecem sabem disso. Mas o gestor público tem que primar-se pela qualificação dos profissionais, além do aspecto técnico, pela forma como eles se relacionam com as pessoas.
Dois dias depois do ocorrido fui devolver uma dessas máquinas de lavar o quintal que havia alugado em uma loja. Chegando lá abri o porta-malas do carro para retirar a máquina e um senhor logo veio ao meu encontro. Como o fio que liga o aparelho à energia elétrica ficou dependurado na porta, ele pegou-o dizendo: “Me dá licença de eu pegar o fio”!
Pois é, pensei comigo mesmo, quem tem educação, tem!
Dia desses precisei de um serviço prestado somente pela rede pública municipal. Não direi qual para evitar polêmicas. Fomos, então, eu e minha esposa para a repartição do órgão prestador do serviço e apresentamos a nossa demanda. A atendente da recepção nos atendeu bem. O único senão foi o fato de ela não dizer o que eu deveria fazer com a ficha que me daria em seguida. “Por favor, vocês podem entrar aqui nesse corredor, sentarem-se, que logo a pessoa encarregada virá atendê-los”, disse-nos. Foi o que fizemos, entramos e sentamos, com a ficha na mão.
Não havia mais ninguém esperando, exceto um casal que já estava sendo atendido, quando a pessoa encarregada de nos atender passou por mim, nem me perguntou o que desejava, nem que ficha era aquela que estava em minha mão e sequer disse bom dia. Simplesmente passou por nós, e como o corredor era estreito, passou bem pertinho, e sequer nos cumprimentou, nem com um aceno de cabeça. Foi, voltou e sentou.
E nós lá, esperando. Como o casal já tinha saído e os únicos a esperar éramos eu e minha esposa, já comecei a ficar um pouco impaciente, porém, continuamos esperando. Eu já tinha achado o comportamento da encarregada pouco polido, porém o prior estava por vir. Um rapaz, sem uniforme e nenhuma identificação, de cara amarrada, levou sua mão em direção à minha para pegar a tal ficha que estava comigo, sem sequer pedir licença, dizendo: “Se você ficar com essa ficha na mão ninguém vai te atender...”
Dizem que mau humor e falta de educação são contagiosos. Infelizmente, me contaminei rapidamente e minha educação também foi para as “cucuias”. Além de não deixar que o rapaz retirasse o papel de minhas mãos daquela maneira tão abrupta, levantei-me, fui até a porta e perguntei para a encarregada o que é que eu deveria fazer com a ficha para ser atendido. Ela me respondeu alguma coisa que eu nem me lembro, sem levantar-se da cadeira. Fui em direção a mesa que estava ao seu lado, estiquei o braço e deixei cair sobre o móvel a bendita ficha. Ainda nem tinha completado a volta para retornar ao corredor onde aguardávamos, quando uma outra funcionária mandou: “O que é isso moço, porque é que você jogou a ficha ma mesa? Eu estou aqui trabalhando desde cedo e não admito isso”!
A conclusão foi inevitável: ela não admite um comportamento menos apurado por parte do usuário, porém não se dá ao cuidado de verificar como seus colegas andam atendendo os munícipes, “com casca e tudo”.
Me preocupo muito com essas coisas porque sou um defensor da participação direta do Estado em setores estratégicos, como saúde, educação, em certa medida no setor financeiro, nas telecomunicações e no setor energético. Sou contra as privatizações e todos que me conhecem sabem disso. Mas o gestor público tem que primar-se pela qualificação dos profissionais, além do aspecto técnico, pela forma como eles se relacionam com as pessoas.
Dois dias depois do ocorrido fui devolver uma dessas máquinas de lavar o quintal que havia alugado em uma loja. Chegando lá abri o porta-malas do carro para retirar a máquina e um senhor logo veio ao meu encontro. Como o fio que liga o aparelho à energia elétrica ficou dependurado na porta, ele pegou-o dizendo: “Me dá licença de eu pegar o fio”!
Pois é, pensei comigo mesmo, quem tem educação, tem!
Pois é caro amigo,infelizmente educação é um caso raro hoje em dia. Você já prestou atenção em como algumas pessoas pedem para que lhe informemos que horas são? Preste atenção e veja como as pessoas se comportam. Infelizmente eu acho que estou me deixando contaminar com essas situaões pouco simpáticas, mas, estou me policiando.
ResponderExcluirAbraços
BelArgollo