(artigo publicado originalmente no Jornal Impacto - autor: Carlos Orpham)
Muitos têm me perguntado se serei candidato a deputado nas eleições do ano que vem. Alguns até me incentivando a ser. E eu tenho respondido que não. Alguns acreditam, outros acham que estou blefando, já que é muito comum o candidato negar-se como tal durante algum tempo antes da convenção partidária. Mas, decididamente, não sou candidato.
Um dos motivos pelos quais não entrarei na disputa por uma cadeira no legislativo estadual é o fato de os bebedourenses sonharem há muito tempo em ter um parlamentar na ALESP, e, nem eu, nem ninguém, tem o direito de brincar com o sonho das pessoas, principalmente quando as pessoas lhe são caras. Digo isso porque eleger um deputado estadual está cada vez mais difícil para uma cidade do porte da nossa. Avalio que no PV, PDT, PSB e PT serão necessários mais de 60 mil votos e no PMDB, DEM e PSDB, mais de 80 mil. Para agravar o quadro já temos pelo menos uns três ou quatro pré-candidatos colocados.
Quando saí candidato, em 2002, a conjuntura era outra. Eu tinha sido eleito vereador dois anos antes e o meu partido, o PT, administrava a cidade. Na ocasião avaliávamos que se eu tivesse 30 mil votos eu poderia me eleger. Na oportunidade, eu também tinha sido eleito por meus colegas em todo o estado de SP, conselheiro administrativo do Economus (Fundo de Pensão dos bancários da Nossa Caixa), que, além do plano de previdência, administrava um Plano de Saúde para 60 mil pessoas. Isso me dava uma base importante para a candidatura. Se conseguíssemos quinze mil votos em Bebedouro, mais cinco mil na região, mais dez mil por todo o estado, tendo como base os bancários da Nossa Caixa, eu poderia me eleger. Essa era a conta que fazíamos na ocasião.
Bem, acabamos tendo quatro candidatos da cidade e obtive 11.136 votos. Isso sem contar que o necessário, no partido, naquele ano, não foi 30 mil como imaginávamos e sim 57 mil votos. Erramos na avaliação.
Na última eleição, em 2006, o atual prefeito Italiano foi o único candidato na cidade e mesmo assim não conseguiu se eleger. O que reforça a tese de que estamos cada vez mais distantes do sonho de termos um deputado de nossa cidade.
De toda forma, mesmo acreditando que uma candidatura se discute a partir do partido, não da cidade, comungo do sonho de termos um bom deputado por Bebedouro. Quanto a uma eventual candidatura minha, ela não acontecerá.
Por outro lado tenho outro papel também da maior importância a realizar que é o de fazer aqui e na região a campanha da minha companheira Dilma para presidenta da república. Ela, que, se eleita, dará continuidade ao projeto de país iniciado pelo presidente Lula, que está colocando o Brasil num outro patamar econômico e social e adquirindo definitivamente o respeito internacional.
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